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O que esperar do reajuste anual de medicamentos?

Itaú BBA, Citi e Goldman Sachs avaliam qual deve ser o percentual de aumento dos remédios em 2025

O reajuste anual de medicamentos deve ficar abaixo da inflação em 2025. Isso após dados negativos que são utilizados no cálculo do indicador serem publicados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), diz o Itaú BBA.

Nesse sentido, os analistas liderados por Rodrigo Gastim escrevem que o chamado Fator X, que mede os ganhos de eficiência ao longo do último ciclo, foi estabelecido pela agência em 2,45%.

Há outros dois indicadores, o Fator Z e o Fator Y, que versam sobre efeitos da diferença de mercados e câmbio, que devem mitigar parte dos efeitos negativos do Fator X, aponta o banco.

Mesmo assim, seria necessário que esses indicadores venham muito acima do esperado nas próximas semanas. Ou seja, como forma de mitigar os efeitos do Fator X e deixar os reajustes em linha com a inflação.

Aumento no preço dos remédios

Já para o Citi, o reajuste anual de medicamentos deve ser menor do que o esperado 2025. Assim, afetando negativamente as varejistas e farmacêuticas em um momento onde os custos e inflação começam a ameaçá-las.

Os analistas Leandro Bastos e Renan Prata escrevem que o aumento médio dos remédios deve ficar em 4,3%, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgar dados de produtividade do setor.

Se confirmado, será o menor aumento desde 2020, ainda com dados pré-pandemia. O que é ruim para companhias do setor, como RD Saúde, Hypera, Blau Farmacêutica e Viveo, comentam.

Então, o banco nota que o chamado Fator X, medida de ganhos de eficiência ao longo do último ciclo, foi estabelecido pela Anvisa em 2,45% após anos em 0%. Há também riscos relacionados ao cálculo do PIS e Cofins que podem pressionar ainda mais os preços.

Efeito negativo para farmacêuticas

Empresas dos setores de varejo e farmacêutico vão sentir efeitos de reajustes mais baixos do que o esperado nos preços dos remédios, avalia o Goldman Sachs.

Os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira escrevem que a publicação do Fator X, um dos indicadores que a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) usa no cálculo dos reajustes, foi ruim.

O banco nota que suas estimativas consideravam um reajuste médio de 6,2% nos preços dos remédios. Mas com um Fator X em 0%, o que agora deve gerar novos preços abaixo da inflação para 2025.

Eles afirmam que ainda há outros indicadores a serem definidos para fechar o reajuste. Contudo, os efeitos devem ser principalmente negativos para companhias como Hypera, Blau Farmacêutica e Viveo.

Fonte: https://inteligenciafinanceira.com.br/financas/consumo/reajuste-anual-de-medicamentos-2025/

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