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Mercado farmacêutico brasileiro tem demonstrado demanda resiliente

Em relatório publicado nesta quinta-feira, a agência Fitch Ratings atribui rating AAA (bra) à 4ª Emissão de Debêntures da Eurofarma, perspectiva estável; e da Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A com ratings BB’/‘AAA(bra)’. Além dessas duas, a Fitch classifica outras duas empresas farmacêuticas no Brasil – Blau Farmacêutica S.A e União Química Farmacêutica S.A.

Segundo a agência de classificação de risco de crédito, de forma geral, as quatro apresentam geração de caixa operacional robusta e perene, além de estruturas de capital conservadoras. Escala e diversificação de carteira são fatores-chaves para definir os perfis de negócios e os principais diferenciais entre os pares. O ambiente regulatório é bem desenvolvido, com reajustes de preços definidos e implementados pelo governo em abril de cada ano.

Eurofarma é uma empresa farmacêutica multinacional de capital 100% nacional, com sede em São Paulo, presente em 22 países. No segundo trimestre de 2023, a receita líquida totalizou R$ 1,9 bilhão, um crescimento de 14%. No primeiro semestre de 2023, a receita líquida consolidada foi 13% superior a apresentada no mesmo período de 2022 e totalizou R$ 4,3 bilhões. No 1S23, a receita líquida das operações fora do Brasil cresceu 31% totalizando R$ 829 milhões.

As operações fora do Brasil representaram 19% da receita líquida consolidada; uma expansão de 3 p.p. em relação ao 1S22 A receita líquida das operações do Brasil foi de R$ 3,5 bilhões, 9% superior ao 1S22.

O lucro bruto do 2T23 atingiu R$ 1,2 bilhão, crescimento de 15% em relação ao 2T22 com margem bruta de 64,3%, uma expansão de 0,4 p.p. explicada, principalmente, pelo mix de vendas e reajuste de preços dos medicamentos no Brasil. No primeiro semestre de 2023, o lucro bruto cresceu 13% em relação ao 1S22 e totalizou R$ 2,9 bilhões, com margem bruta de 66,0%, uma expansão de 0,4 p.p. em relação ao 1S22.

O resultado financeiro líquido do 2T23 foi uma despesa de R$ 154 milhões ante uma despesa de R$ 73 milhões no 2T22. No primeiro semestre de 2023, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 285 milhões, explicada por maiores despesas com juros em função da elevação do endividamento da companhia e pelo patamar da taxa básica de juros (Selic).

Em 30 de junho de 2023 o endividamento bruto da companhia atingiu R$ 6,8 bilhões explicado pela emissão das cédulas de crédito bancário (CCB) no valor total equivalente a R$ 707 milhões e pela 4ª emissão de debêntures no montante de R$ 500 milhões, com prazo de 6 anos a CDI+2,30% a.a. O endividamento líquido era de R$ 3,9 bilhões, 20% superior a 31 de março de 2023.

Aché

No primeiro trimestre, a Aché registrou lucro bruto foi de R$ 742,6 milhões, mantendo a margem de 64,6% sobre a receita líquida. O lucro líquido foi de R$ 155,5 milhões, refletindo uma redução de 34,2% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas As despesas com vendas, gerais e administrativas apresentaram aumento no primeiro trimestre de 2023 de R$ 66,4 milhões, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, em função do início da unidade Biosintética Prescrição e reestruturação do quadro administrativo da Companhia. A tabela a seguir apresenta um detalhamento dessas despesas.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos sobre a renda, depreciações e amortizações) no primeiro trimestre de 2023 atingiu R$ 251,6 milhões, representando uma redução de 35,7% quando comparado ao mesmo período de 2022, impactado principalmente pela redução da receita líquida e aumento das despesas com vendas e administrativas.

O resultado financeiro líquido do primeiro trimestre de 2023, totalizou uma despesa de R$ 31,5 milhões, inferior em R$ 16,5 milhões quando comparado com o mesmo período do ano anterior, principalmente pela maior receita financeira, decorrente do maior saldo de caixa no período e o impacto positivo de variação cambial resultado das operações de hedge.

A companhia encerrou o primeiro trimestre de 2023 com um endividamento líquido de R$ 831,8 milhões. A dívida bruta soma R$ 1.278,7 milhões e possui característica principal de longo prazo.

Demanda resiliente

A Fitch afirma que o mercado farmacêutico brasileiro tem demonstrado demanda resiliente e fundamentos positivos no longo prazo, impulsionado, entre outros fatores, por envelhecimento da população, maior acesso aos sistemas de saúde, aumento da oferta de medicamentos genéricos ou similares e maior incidência de doenças. A expectativa da Fitch é de contínuo crescimento da demanda, aumento da competição e manutenção de ambiente regulatório favorável. Estes são os destaques do relatório especial “Farmacêuticas Brasileiras – Revisão de Pares 2023”, que a agência publicou nesta quinta-feira.

No atual cenário, as empresas cobertas pela Fitch devem continuar a apresentar geração de caixa robusta e estrutura de capital conservadora, com fatores-chave como escala, diversificação e inovação de produtos atuando como diferenciais para o posicionamento relativo dos ratings. No relatório, a Fitch apresenta sua visão geral para o setor e compara os principais fatores de crédito que suportam a análise do perfil de negócio e financeiro para atribuição de rating às empresas da indústria.

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