Executivos ampliam demanda por medicamentos para TDAH
Medicamentos para TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), como o Venvanse (dimesilato de lisdexafetamina), da Takeda, e a Ritalina (cloridrato de metilfenidato), da Novartis, estão sendo utilizados por executivos para o aumento do rendimento no trabalho. Além dos riscos à saúde da automedicação, os fármacos também entraram em falta para aqueles que realmente precisam. As informações são da Folha de S. Paulo.
Os remédios em questão aumentam a atenção, além de diminuir a hiperatividade e impulsividade, devido à sua ação no sistema nervoso central. Segundo relatado por fontes ao jornal, o maior foco proporcionado pela droga causa efeitos não só na vida profissional, mas também esportiva, social e amorosa, se tornando uma muleta para empresário altamente exigidos.
Pessoas dentro do mercado financeiro e também profissionais da saúde dizem que o uso indevido não vem de hoje. O efeito rebote dessa “moda” afetou diretamente os pacientes.
Redes sociais escancaram falta dos medicamentos para TDAH
A falta dos medicamentos para TDAH tornou-se pública por meio das redes sociais. Os relatos dos pacientes, inclusive, motivaram a Takeda a divulgar uma nota reforçando o uso correto do Venvanse em fevereiro.
“A utilização para qualquer outra finalidade que não a indicação aprovada no país é considerada uso fora do estabelecido em bula (off-label), não estando respaldada por estudos clínicos”, afirma a farmacêutica.
Em outra nota, divulgado pela Associação Brasileira do Déficit de Atenção em setembro, o laboratório japonês explicou o desabastecimento. “(O desabastecimento) ocorre em consequência do aumento da demanda e de dificuldades nos trâmites de importação do produto”.
Remédios também são utilizados inadvertidamente por estudantes
A matéria também conversou com fontes que relataram que o uso de medicamentos para TDAH para aumentar o rendimento também é praticado por estudantes.
“Um (amigo) chegou a ficar cinco dias sem dormir e teve um acidente de carro”, conta a personagem. Segundo um artigo publicado em 2021 na Frontier in Bioscience-Landmark, os medicamentos para estímulo cerebral são a segunda droga mais utilizada pelos estudantes.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico