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Arábia Saudita está de olho na indústria farmacêutica do Brasil, diz diplomata à CNN

Abdulrahman T. Bakir representa o Ministério de Investimentos e falou à CNN sobre as intenções de investimento no mercado brasileiro

O diplomata e representante do Ministério de Investimentos da Arábia Saudita, Abdulrahman T. Bakir, disse em uma entrevista à CNN que o país está estudando fortes investimentos na indústria farmacêutica brasileira.

“O Brasil é um dos países mais avançados em produtos farmacêuticos, e a Arábia Saudita desenvolve novas tecnologias e vem desenvolvendo inovações farmacêuticas. É definitivamente um elemento que estamos procurando e também para adicionar no nosso radar, junto a investimento a cuidados à saúde”, revelou a autoridade saudita.

Segundo ele, o Brasil tem instalações muito boas, hospitais de última geração e médicos qualificados. Para o diplomata, o ecossistema de saúde brasileiro é bastante forte e a Arábia Saudita está procurando fazer parcerias diferentes com unidades de saúde no país.

Questionado sobre valores e quais empresas poderiam estar envolvidos, Bakir explicou que o país ainda está realizando estudos e conversando com empresários, mas que ainda não há nada fechado.

Em julho deste ano, desembarcou em São Paulo a maior comitiva saudita da história, com cerca de 100 membros do governo, empresários e gestores de fundos. Em reuniões com representantes de vários setores da economia brasileira, Paulo Moll, da Rede D’Or, estava presente em uma delas.

Outros setores

Bakir destacou ainda outros setores que estão no radar de investimentos da Arábia Saudita no Brasil, como o segmento de energia. Segundo ele, o Brasil é um dos maiores produtores de energia renovável e mantém uma produção em larga escala.

“Gostaríamos de expandir globalmente, tendo como foco a energia renovável. Como o Brasil é o quinto maior país em espaço, representa um grande papel em energia hidrelétrica, renováveis e eólica no mundo”, citou.

Outra área de interesse abordada pelos sauditas é na mineração. De acordo com ele, já há investimentos neste segmento, que integra o PIF, o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, se referindo às negociações com a Vale.

Em julho deste ano, a mineradora brasileira assinou um acordo com a Manara Minerals — joint venture formada pela mineradora Ma’aden e o PIF — e com a empresa de investimentos Engine Nº1, pela venda de participação na VBM (Vale Base Metals, em inglês), que são Metais para Transição Energética

A empresa brasileira informou que as companhias estrangeira vão pagar US$ 3,4 bilhões (R$ 17 bilhões) por participação de 13% nos negócios da unidade de metais básicos da mineradora. O acordo avaliou a Vale Base Metals em US$ 26 bilhões (R$ 130 bilhões).

Turismo

O representante do Ministério do Investimento da Arábia Saudita disse que não dá para pensar apenas pelo lado da indústria pesada e ressaltou a necessidade de abrir os olhos para outros aspectos, como o turismo.

“No turismo imobiliário, por exemplo, descobrimos que o Brasil tem um dos melhores hotéis e a melhor hotelaria do setor imobiliário quando se compara com o mercado global. E fazemos essa comparação com diferentes países e localidades, como Nova York. Lá, vemos marcas brasileiras que realmente se destacam.”

Bakir pontua que o gosto brasileiro e a indústria da hospitalidade também é algo que os sauditas mantêm no radar.

“No Brasil você tem turismo de estado, tem petroquímica e mineração, esportes, dentre outros segmentos que valem o investimento. O país ofereceu muitas oportunidades, portanto, precisamos levar em consideração todos esses setores.”

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