Digitalização da MaxiFarma ganha aporte de R$ 4,5 milhões
Em movimento iniciado há quase dez anos, a digitalização da MaxiFarma ganha um novo incentivo. A distribuidora de medicamentos com sede em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, investirá R$ 4,5 milhões em tecnologia para aprimorar os processos de armazenagem e transporte.
“Os recursos serão destinados a ferramentas de inteligência artificial”, antecipa o diretor comercial Sidnei Mendonça (foto), em entrevista exclusiva ao Panorama Farmacêutico. A distribuidora aposta na tecnologia como trunfo para ampliar sua rede de clientes. “Hoje, atendemos 10,6 mil CNPJs, mas projetamos chegar a 12 mil até o fim do ano e avançar em outros mercados além do farmacêutico”, revela.
Atualmente, a empresa atua mais próxima das pequenas e médias farmácias, que representam 70% de seu faturamento. Concentra seu trabalho no estado de São Paulo, por meio de um CD de 6 mil m² configurado para armazenar um portfólio de 3,5 mil SKUs. A receita do ano passado totalizou R$ 150 milhões, crescimento de 17% sobre 2022. A meta de 2024 é aumentar esse indicador em 15% a 18%.
Digitalização da MaxiFarma tem robô como um dos pilares
O processo de digitalização da MaxiFarma tem na robotização um de seus pilares. Em 2015, a empresa desembolsou US$ 326 mil – cerca de R$ 1,2 milhão na cotação da época – para adquirir o robô da BD Rowa. “Priorizamos o uso do na área de produtos controlados, onde zeramos a correção de lotes, faltas de produtos, além de termos otimizado o processo de separação, que era manual”, explica o diretor.
Com a atuação potencializada pela automatização, a distribuidora viu seu negócio prosperar. “Conquistamos um crescimento de 20% nas vendas nesta categoria de produtos”, aponta. Mendonça ainda ressalta que a tecnologia possibilitou que os colaboradores alocassem mais tempo e esforços para outras atividades estratégicas.
Distribuidora chegou a manter exclusividade com a EMS
Criada por Marcelo Borgonovi em 2000, a MaxiFarma nasceu em 2000 com o propósito de atuar como distribuidora exclusiva da EMS. O fundador atuava como representante de vendas e cultivava o sonho de ter sua própria distribuidora.
Assim como outros modelos de negócios no setor, a MaxiFarma atuou com exclusividade para a EMS até 2006 e, a partir daí, seguiu voo solo. “A farmacêutica resolveu não trabalhar mais com exclusividades. Isso nos deu abertura para prospectar novos parceiros e a Teuto foi uma das primeiras empresas com quem passamos a atuar”, relembra. Atualmente, a companhia distribui produtos de mais de 30 indústrias.
Distribuidora faz parte da Rede Integração Farma
A Maxifarma é uma das 19 distribuidoras de medicamentos que fazem para da Rede Integração Farma. A entidade, que reúne companhias regionais do atacado farmacêutico, já se faz presente em 76% dos municípios brasileiros.
Segundo Mendonça, integrar esse grupo favoreceu a assimilação de realidades diferentes sobre o atacado farmacêutico. “O networking gerado pela Integração Farma fez com que conhecêssemos novas linhas e estratégias, ganhássemos esse conhecimento com outros players, enquanto também compartilhamos o que aprendemos nessas duas décadas”, conclui.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/digitalizacao-da-maxifarma-ganha-aporte/