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Um em cada três homens está infectado com o vírus HPV e farmacêuticos podem contribuir no combate

Quase um terço dos homens com mais de 15 anos está infectado com pelo menos um tipo de papilomavírus humano (HPV) genital.

Um novo estudo publicado no renomado periódico médico “The Lancet Global Health” trouxe à tona uma preocupante descoberta: quase um terço dos homens com mais de 15 anos está infectado com pelo menos um tipo de papilomavírus humano (HPV) genital. Além disso, um em cada cinco homens carrega consigo um ou mais tipos de HPV de alto risco, conhecidos por seu potencial de causar câncer.

A pesquisa, conduzida por um grupo internacional de cientistas, realizou uma revisão sistemática e meta-análise com base em estudos publicados no período de 1995 a 2022, com o objetivo de avaliar a prevalência da infecção genital por HPV na população masculina em geral.

Os resultados são alarmantes: a prevalência global da infecção por HPV em homens foi estimada em 31% para qualquer tipo de HPV e 21% para os tipos de alto risco. O HPV-16 destacou-se como o genótipo mais prevalente, afetando 5% da população masculina, seguido pelo HPV-6, com uma prevalência de 4%.

Este estudo confirma estimativas anteriores que indicam que os homens frequentemente são portadores de infecções genitais por HPV. A descoberta ressalta a importância de incluir os homens nos esforços para controlar a disseminação do HPV e reduzir a incidência de doenças relacionadas à infecção pelo vírus.

A farmacêutica Náila Neves, membro do GT sobre Cuidado Farmacêutico à População LGBTQIA+ e outras Populações Vulneráveis, ressalta que essas descobertas têm implicações significativas para a saúde pública, destacando a necessidade de medidas preventivas, como a vacinação contra o HPV em ambos os sexos, além da educação e conscientização sobre a infecção por HPV e seus riscos. “O estudo enfatiza a importância de abordar essa questão de saúde de forma ampla e incluir os homens como parte fundamental dos esforços para combater o HPV e suas consequências. Além disso, nos alerta sobre a importância dos homens terem consciência do autocuidado e da necessidade de buscar serviços de saúde para realizar exames de rotina, uma vez que, nesse grupo, a infecção pelo HPV pode ser assintomática”, ressalta Náila.

Nesse cenário, o farmacêutico pode atuar em diversas frentes que não se restringem apenas ao diagnóstico citopatológico do HPV. O profissional pode ser útil na educação em saúde, abordando práticas de prevenção relacionadas ao cuidado durante as relações sexuais, fornecendo informações seguras sobre a doença e seu diagnóstico; no incentivo à vacinação e, caso habilitado, realizando esse serviço; e, por fim, na adesão e acompanhamento do tratamento da pessoa diagnosticada.

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