3,5 mil internações envolvem uso inadequado de medicamentos em 2022
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou, no ano passado, 3.522 internações envolvendo o uso incorreto de medicamentos. A pasta estadual alerta sobre os riscos da automedicação e os males que podem ser causados pela ingestão de remédios sem o acompanhamento de um profissional qualificado.
O hábito da automedicação deve ser sempre evitado por diversos motivos: risco de interação entre medicamentos (quando eles reagem entre si), intoxicação, ineficácia de tratamentos, reações alérgicas, atraso no diagnóstico de doenças, resistência de microrganismos para determinados antibióticos e dependência.
Ao fazer uso de um medicamento, é fundamental atentar-se à dosagem indicada para a efetividade do processo. Esta é a melhor forma de se alcançar os efeitos desejados e evitar complicações ou falha de eficácia decorrentes do uso incorreto dos remédios.
“Sempre busque orientação de profissionais de saúde habilitados para fazer uso de medicamentos, seguindo suas recomendações e prescrição. Além disso, mantenha acompanhamento profissional durante todo o seu tratamento, possibilitando ajustes de dose, substituição ou suspensão. Em caso de dúvidas ou possíveis efeitos indesejados, procure ajuda especializada”, esclareceu Sérgio Pulzi, médico e gerente executivo Hospitalar Corporativo do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo – Organização Social de Saúde (Seconci-SP – OSS).
Período de prescrição
Risco de dependência
Há medicamentos que, quando usados de forma incorreta, podem causar dependência. Ela se manifesta, tipicamente, por meio da tolerância, quando o paciente precisa de doses frequentemente maiores para obter o mesmo efeito desejado, e por meio da abstinência, quando a falta do uso de um medicamento gera a sensação física ou psicológica de necessidade de uso da substância. A dependência relacionada ao uso incorreto de medicamentos é mais comum com remédios relacionados à saúde mental e analgésicos. Os riscos mais relevantes da dependência é a intoxicação, falência de órgãos, overdose e, em casos extremamente graves, a morte.